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“É sobre isso. E tá tudo bem mesmo?” SE AFASTAR!

Por Allan Bergk



"[...] Você fica virando páginas para pessoas que não se importam/ Pessoas que não se importam com você/ E ainda, leva anos para ver que ninguém está lá/[...] Todos se foram sem você"

Em nossa vida pessoas vem e vão, algumas somem e voltam na mesma facilidade que escolhem o filme que assistiram na sexta a noite.


Estava antes de dormir rolando a tela do TikTok quando vi um vídeo que muito me intrigou. Era um video atpe bem simples, um menino parado olhando para a camera e um texto com letras brancas na tela. Nesse texto ele falava sobre cada coisa que ele faz agora por ter convivido com alguém, diz que passou a amar _Fini_ por causa da ex, fala que ainda masca chiclete como um amigo o ensinou, que ainda senta no fundo da sala porque era lá que sentava com a melhor amiga, que ainda come omelete do jeito da moça do trabalho o ensinou a fazr, e por aí vai, no fim ele fala que ele é um mosaico feito por todos que ele já amou.


Achei isso tão belo e tão triste ao mesmo tempo, é doloroso pensar como as vezes estamos jogando "pique-esconde" com as pessoas e pode ser que em uma dessas partidas elas se escondam tão bem que acabamos não as encontrando mais. E por mais que essa metáfora que eu usei possa parecer leve, ela não é.


Afinal, que jogo é esse que só um sabe como jogar? Que só um está ciente?

"Aqui no jardim/ Vamos jogar um jogo/ Vou te mostrar como é/[...] Fique bem paradinha/ Isso vai ser tão divertido/ [...] Feliz em jogar/ Feliz assistindo ela se afastar/ [...] É assim que funciona? Eu estou jogando certo?"


O problema não é se afastar, o problema é não entender que parte da responsabilidade afetiva é deixar as coisas claras. Na maioria das vezes um afastamento repentino vai doer bem mais que uma ultima conversa de explicação. Esse "jogo" que é o relacionamento, seja ele fraterno ou amoroso é um jogo compartilhado, não jogado sozinho. E se só uma pessoa estiver no "controle" e souber as regras, faz ele passar a ser injustos.


Muitos ficarão ali, parados, sozinhos, esperando voltar porque ele não sabe o motivo da ida, estará de pé, sorrindo feliz, ou pelo menos é o que os outros verão, esperando finalmente uma noticia ou o desfecho de uma historia que provavelmente não mais existe.


[...] Isso não é adorável?/ Não é legal?/ E isso não é cruel/ E eu não sou uma tola por ter/ Feliz ouvido/ Feliz ficado/ Feliz assistindo ela/[...]

Se afastar"


Não desapareça do nada, lembrem-se que as pessoas são formadas por pedaços daqueles que passam por sua vida, então deixe algo consistente, algo adorável, seja lembrando naquele relação por algo bom. Assim como os outros você também é um mosaico e cada pedaço precisa se encaixar para continuar inteiro.


Allan Bergk é graduando em Direito, Articulador Cultural, e jovem nas horas vagas. https://www.instagram.com/eubergk/

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