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Parque Nacional:Museu Nacional integra grupo de trabalho para decifrar pinturas ruprestres

  • diariodeitatiaia
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de mai.



Um grupo de trabalho integrado por pesquisadores do Museu Nacional/UFRJ, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Parque Nacional do Itatiaia (PNI) foi criado para investigar um dos achados arqueológicos mais surpreendentes dos últimos anos no estado do Rio de Janeiro. A iniciativa surgiu poucos dias após as primeiras imagens das pinturas rupestres localizadas no Parque Nacional do Itatiaia começarem a circular na imprensa.


Uma das principais missões do grupo será determinar a idade e a origem dessas pinturas, que podem fornecer pistas valiosas sobre os povos originários que habitaram a região. Em entrevista à Agência Brasil, MaDu Gaspar, professora do Programa de Arqueologia do Museu Nacional/UFRJ, explicou que os pesquisadores trabalham com a hipótese de que as pinturas tenham entre três e cinco mil anos. No entanto, como ela mesma ressalta, os estudos ainda estão em estágio inicial.



As pinturas foram descobertas acidentalmente em 2023 por Andres Conquista, funcionário do parque. Segundo MaDu Gaspar, o motivo da divulgação tardia se deu pela necessidade de proteger o local e planejar sua preservação — o que se tornou ainda mais urgente diante da facilidade de acesso ao sítio arqueológico.


“Nos causou surpresa achar um sítio inédito. Não que esses sítios não existam em outros lugares. Existem em Minas Gerais, mas não havia uma manifestação deste tipo em território fluminense. Se ainda fosse lá no alto do pico, onde só um ou outro montanhista chega, mas não, é em um lugar acessível. Como ninguém tinha visto? Eu já fiz caminhada lá”, comentou a professora.


A descoberta é ainda mais impactante quando se leva em conta o histórico da região: por ter sido alvo de estudos arqueológicos desde o período do Império, acreditava-se que o estado do Rio de Janeiro já estivesse amplamente mapeado por cientistas. O novo achado, portanto, não apenas expande o conhecimento sobre os povos antigos da região, como também abre novas possibilidades de pesquisa para a arqueologia brasileira.

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